terça-feira, 12 de outubro de 2010

A pedidos: só tú Vinicius, paz d'alma!

Para Viver Um Grande Amor

Vinicius de Moraes


Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... — não tem nenhum valor.

Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, vos digo, é preciso atenção como o "velho amigo", que porque é só vos quer sempre consigo para iludir o grande amor. É preciso muitíssimo cuidado com quem quer que não esteja apaixonado, pois quem não está, está sempre preparado pra chatear o grande amor.

Para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade — para viver um grande amor. Pois quem trai seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor.

Para viver um grande amor, il faut além de fiel, ser bem conhecedor de arte culinária e de judô — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor perfeito, não basta ser apenas bom sujeito; é preciso também ter muito peito — peito de remador. É preciso olhar sempre a bem-amada como a sua primeira namorada e sua viúva também, amortalhada no seu finado amor.

É muito necessário ter em vista um crédito de rosas no florista — muito mais, muito mais que na modista! — para aprazer ao grande amor. Pois do que o grande amor quer saber mesmo, é de amor, é de amor, de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor...

Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs — comidinhas para depois do amor. E o que há de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor?

Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto — pra não morrer de dor. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer "baixo" seu, a amada sente — e esfria um pouco o amor. Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia — para viver um grande amor.

É preciso saber tomar uísque (com o mau bebedor nunca se arrisque!) e ser impermeável ao diz-que-diz-que — que não quer nada com o amor.

Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva oscura e desvairada não se souber achar a bem-amada — para viver um grande amor.

Texto extraído do livro "Para Viver Um Grande Amor", José Olympio Editora - Rio de Janeiro, 1984, pág. 130.

Tédio!

Significado de Tédio

s.m. Fastio, aborrecimento, nojo, desgosto: o tédio dos longos dias de isolamento.

E preciso dizer mais alguma coisa? Hoje estou puro veneno, igual melancia quente: pronta para fazer mal para alguém, rá!
Nem todo dia é flor, nem todo dia é perfume. Tem dia que se eu pudesse "te diria tudo que penso sobre esse vazio metódico e repudiante que tú finjes em pensar que é o mundo mil maravilhas."
Estou quase decidindo iniciar um cruzeiro por um ano, me desligar do que me prendi, dos que se prenderam a mim, e se eu fosse decidir agora, minha resposta seria "Sim", porém, é um ano que viverei em pleno mar, e não posso me esquecer, que nasci para voar e não para nadar, mas se eu não  permitir, não conseguirei provar á eles que aves também sobrevivem sobre as águas negras de um oceano noturno.
Pelo menos assim, conseguirei me privar mais ainda de me apaixonar pelo seu "sorriso infantil" (ah e não pense que és tú, pq não és, uhu!).
Bom, tenho ainda um suspiro de tempo para decidir.
E como no final de todo "hunf" meu, que existe, em meu dizer e olhar, há sempre um belo sorriso largo: Gabi Vilela, sim ela mesmo, vem me visitar, depois de 2 anos e meio sem nossos abraços, sem nossas longas conversas depois de um festerê em alguma república pela cidade. Bá, ela, no Sul, para matarmos a saudade, e olha, vai ser mais um final de semana perfeito que ando tendo.
De uma coisa é certa: dos meus amigos, eu sempre irei precisar, agora do resto, sinto muito, não há mais espaço.
E ao tédio: nojo, arhf!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Doce, mistério de outubro!


E mais dois meses e meio, o início de 2011 é certo! Bá, que rapidez!
Corre o tempo, ou o tempo que se escorre por nossos dedos? Uma ilusão praticamente exagerada de um pensamento, quase, e inteiramente meu, ó!
Ando sem tempo,juro, sempre me dediquei a mim como sendo um elemento absurdamente "elástico",  com diversões, palpites e olhares para todos os lugares, mas tive que tomar uma decisão: ou eu seria a rainha de mim e meus súditos, ou eu seria apenas e uma só qualquer rainha.
E ser rainha é ter muito trabalho, e é o que ando tendo! Decidi dedicar o meu tempo ao meu trabalho! Ás vezes me esqueço que existe em mim uma fome, pois é, ando me esquecendo da tal "comida",  alimento do corpo. O alimento da alma é simples: acordo, respiro, olho para o nada, solto um sorriso e desejo em voz alta o melhor dia para mim! E é fato, meus dias tem sido lindos, felizes, sem culpas!
Fazia tempo que não sentia-me assim, dona de mim, dona do que eu quiser eu ter! Claro, que para toda decisão precisou de muitas outras, e nessas outras inclui alguns "deletes". O mais importante é ter decidido, não ter tempo para alguns pensamentos. Trabalhar, eis verbo cheio de raízes.
Outubro é um dos meses mais rápidos á minha pele. Voa rápido, extremamente. Um mês cheio de mistérios, e ao final dele, halloween!Uau!
E feliz, outubro enlaça teus donos! Outubro é paciente. E novembro, este sim, é um mês cheio de surpresas, não tem nada de paciente! Novembro é masculino, um homem! 
Novembro é o mês que nos aguarda. Para cada um ele irá trazer lembranças, um baú, um novo álbum de fotos, um novo suspiro profundo.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A-mi-gos,ah meus amigos!



Nossa, quanto tempo! Tempo esquisito, um ser meio frio, autista e ao mesmo tempo carente de tudo, e cheio de nada, mas fazer o que né? É o tempo, esse que vive nos atormentando, nos envelhecendo,que coisa mais estranha! Bom, vou recomeçar pelo começo dos pontos em minha cachola, falar de amizade, depois do tempo, e por fim, da fase de felicidade a que me encontro. Não sei se será nesse post,mas eu tenho tempo para dizer aos poucos. (=
Muitas vezes nos esquecemos que sempre para uma lágrima há um lenço amigo para enxugá-la. O mais bacana é quando esse amizade confia em ti, e lhe dá a oportunidade para que mostre a sua verdadeira personalidade, os seus mais puros sentimentos. Isso aconteceu comigo, exatamente há duas semanas, com pessoas que me abriram o sorriso e os braços. A melhor parte é tirar lições de nós mesmos, é saber que valorizar alguém é algo que poucos sabem fazer. É ter a certeza, que decepção não mata, só ensina a viver, e entender que questões de valorização pessoal, só pessoas especiais entendem!
Tem coisas que não posso esconder, e tem outras que deixo ficar subentendidas, é melhor assim. As pessoas precisam entender que a vida é maior que um balão mágico, que as pessoas não são meros números, e que um sorriso só brilha na verdade (frase da música: Uma vela em um oceano- Banda Nuvens - baixem o cdzinho www.nuvens.net). Mas no final de todo um furacão, é possível ter surpresas boas e más, é possível ter as melhores surpresas: alguns,poucos e bons amigos.
Na amizade não tem falsidade,traição,disque-me-disque não rapá,rs. É ter cumplicidade, respeito, amor, sorriso aberto, puxões de orelha, não é fácil ser amigo e ter "Amigos", pois "amigos" se tem aos montes, fato. Sou grata por ter pessoas certas em meu caminho; as erradas, mesmo que eu sofra, o Universo faz o favor de retirá-las de cena. Eu posso provar que os melhores amigos são os meus. E uma coisa é certa: amigos ou se tem, ou se pensa que tem. Semana iluminada fofinhos!!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Das molas, mais malucas


Por fim, não sei bem ao certo, se meu dia termina ou começa, sabe quando realmente se dá conta que é adulta, mesmo sendo chamada de pirralha na rua só por estar usando um par de all star vermelho, um jeans e uma blusa xadrez com capuz. Algo de errado nisso? Sim, muito,pois estou pairando para um pouco longe da casa dos trinta anos, mas uma coisa não deixo morrer dentro de mim: a garotinha que teve a primeira lombriga por causa de uma "mola maluca". Lembram daquela coisa desengonçada, cheia de cores, ou não, que fazia um movimento de vai e vem? Yapp! Esse brinquedinho inofensivo, quase me colocou em morte. Lembro-me que mamãe não a encontrava de maneira alguma; a "maluca" estava em falta. E eu, com constantes febres, sem me alimentar, deixando meu psicológico gritar, (era meu cérebro pequeno de informações, porém enorme de quereres, trabalhando). E um belo dia, mamãe encontrou a "mola", quando vi que era de plástico,meu sorriso não brilhou como deveria. Eu queria uma mola maluca de metal, aquelas estilo ouro velho, achava linda; hoje sei porque a queria tanto: se assemelhava a uma pulseira que aberta pegava o braço inteiro, uhu! Eu nunca fui uma criança "pidonça", tudo que ganhava, era de bom agrado, porém, a lombriga sentiu que a "maluca" não era de ouro velho; foram muitas conversas com a bicha e ela emburrada aceitou aquela "mola" de plástico rosa-choque. Bom, foi com 4 anos que decidi que a cor rosa não faria parte da minha vida, e não era pelo fato da mola não ser de metal, mas a cor realmente não me agradou e pouco me agrada. Engraçado que dias atrás falava com minha irmã sobre meu sobrinho que estava com lombriga por causa de uma fantasia de homem-aranha, e comentei com ela sobre a minha mola maluca rosa-choque "piri, piriguete" que ao longo dos anos foi quebrando, e se tornou esquecida, realmente não sei o seu fim,bom até sei, o seu fim foi ter marcado a minha infância. Acho que um mês atrás, indo para Curitiba, sentei-me do lado de uma adolescente de quinze anos, e logo percebi que ela usava muitas pulseiras prata, que refletiam a idéia da mola maluca de metal. Papo vai, e papo vem, disse que as pulseiras eram bonitas e que me fizeram recordar um momento do início do meu querer na infância. Ela apenas me respondeu que sabia o que era porém nunca tivera uma, que não achava graça. Pensei, sobre o ponto de vista dela durante o resto da viagem, e logo próximo ao nosso destino, disse que a graça da mola maluca era sentir a infância no movimento de vai e vem, poder imaginar sonhos indo e vindo e de vez enquando enrolá-la no pescoço para dizer que tinha o colar mais incrível da face da terralândia, e sua reação foi olhar ao lado e voltar ao meu olhar com um sorriso estilo "mola maluca".

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

E Setembro deu seu ponto de partida :)

E que coincidência: o meu ponto de partida com a iniciativa deste blog se coincide com o ponto de partida de setembro. E aos poucos faço pequenas análises tranquilas e avassaladoras para escrever algo que faça sentido algum ou nenhum sentido,comigo é tudo assim, tudo se mistura, se complementa, amigos dizem que é o tal "equilíbrio Daylístico", eu não sei bem. Só sei que aprendi a viver, com tantas plumas pesadas como leves, e aos poucos, fui adquirindo a realidade amordaçada que muitos tentam esconder ou se escondem dela. Mas voltando a setembro, gosto deste pequeno mês!Sim, pequeno,pois é o mais ligeiro para que outubro venha com força total, a estação muda, as pessoas mudam, e o ano já quase idoso vai entrando em sua casinha de sapê. Não quero pensar (mesmo já pensando no final do ano, aff) no término, só quero imaginar o meu setembro, repleto de sorrisos largos, talvez algumas lágrimas, alguns desesperos e uma nuvem enorme de alegrias. Para mim, tudo se inicia em setembro, minha sintonia se encontra com meu universo (barato,rs), e nada vai mudar o estado do meu humor. Quem ler isso, deveria fazer o mesmo, dar um jeito na porta ranzinza e barulhenta do seu quarto. E no final,mais um dia se foi, cheio, vazio, transbordado,enfim,deu seu vôo surreal, e eu, vestida ainda com a roupa de ontem, me preparo para as próximas horas, com a certeza que logo, esse vai tão cedo. Ah setembro, "sinhôzinho" veloz, não vou te deixar me escapar, mas prometo, te dar a mão, e por favor, não se preocupe com meus humores, todos passageiros assim como tú, meu querido, vamos é seguir, e pedir para outubro nos esperar esperançoso, all right?!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Som para uma Tarde qualquer...

Deixe-se elevar até os mais altos pilares, permita-se! Vale =)

O início



Resolvi ter um blog depois de, praticamente 8 anos de uma vontade incubada, porém, eu sempre deixo a vida me escapar (pequeno defeito), e o tempo passa pelos meus dedos e se mantêm em meu pensamento. Todo início precisa de um começo, e o começo dessa vez, sou eu. Talvez muitos não entenderam a minha personalidade, mas o meu erro maior é querer que entendam, ao longo, que também não me entendo. Jogo nesse tapete vibrante de cor, que é o das palavras, trechos do meu Universo Barato!