domingo, 5 de agosto de 2012

Amanhã, talvez.

Boa madrugada!
Eita vontade de escrever, vontade de gritar, vontade de tomar um banho de chuva, a esta hora da madruga.
Apenas vontades.
Vontades que irei passar no que irei escrever.


Passou uma semana e nem postei nada no Blog, mas é que agora, monitoro meu face e mais uma comunidade, a do meu gato, o Mingau (curtam!), e falta-me, o time.


Preciso desabafar e escrever me alivia, me deixa mais calma,mais alma.


Sei que sou errada em ter que falar as coisas para as pessoas, mas sou uma pessoa que se incomoda com o inerente, com o pálido, com o sem cor, com o sem movimento.
Não sou hiperativa, mas gosto de cores. Gosto de misturar cheiros, gosto do agridoce.
E por gostar, eu pago.
Pago pelos meus erros tão errantes, tão impuros, tão pesados.
Nunca serei perfeita, e nunca ninguém será da maneira que quero que seja.
Não suporto que sejam gentis comigo só por serem gentis. Ninguém é obrigado a ser o que não quer ser, só para agradar o outro.
Posso estar errada, ou estou errada em ser assim, em pensar assim?
Me sinto mal quando tentam me diminuir só porque cometi um erro. Eu sou humana, uma imperfeita, e quantas vezes terei que dizer isso?
Não quero ser só mais uma pessoa que não tentou fazer diferente, o certo. Eu quero ser a pessoa que tentou e fez, e não preciso mostrar ao mundo que fiz algo. O que fiz está ao vivo, o mundo tem seus olhos e se ele quiser ver, ele irá ver.
Tenho um grave defeito: sou rancorosa.
Mas o meu rancor é algo que não afeta os meus dias. Simplesmente, guardo tudo que me fazem, e se doeu, daqui 15 anos, do nada, irei falar do acontecimento.
Uma vez me disseram que pessoas rancorosas são sozinhas, e que por mais que tentem, acabam sozinhas.
Talvez eu tenha vivido uma fantasia, um conto de fadas, mas hoje, vejo, que estive em todos esses anos sozinha. Mas que bom, que não percebi isso, vivi uma ilusão boa.
Já feri, já chorei, já gritei, já levei tapa na cara, já quis levar no colo,  já me deixaram para trás, já fui apegada, já fui tão desapegada. Já fui um furacão, já fui brisa. E de tudo que fui, de tudo que fiz, não me arrependo de ter sido a menina má, meiga, chata, intensa, invulnerável, intolerante, infeliz, feliz.
Me arrependo de uma única coisa: de não ter lutado mais pela vida da pequena, e por não ter vivido mais a minha vida.
Agora, eu adoraria uma dose generosa de Whisky, para esquecer....
Fiz o que pude e o que não pude, chorei, pedi, supliquei, e fiz tudo errado.
Não tenham pena de mim, pois irei ficar bem.
E eu não quero compreensão, chance, abraços, carinho, atenção. Eu só preciso de uma coisa.
A solidão em pequenas doses faz bem, gosto de ser uma pessoa solitária, não vejo problemas em não dividir o meu pão-de-queijo, o meu lanche da tarde.
Apesar que solitária por pelo menos mais 15 anos, não serei, agora tenho o Mingau, e ele me faz esquecer de detalhes que se passam ao longo dos meus dias.
E nada, nunca será perfeito, mas não precisa ser perfeito, que seja intenso.
É, eu realmente preciso entrar na minha bolha.
Eu preciso fechar a janela, as portas do armário.
Eu preciso ficar, estar sozinha por um tempo e amanhã.. amanhã, talvez.


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